Casa das Artes
 

A Casa das Artes — Arte e Cidadania — tem todas as portas de todos os quartos abertas.

No primeiro, criamos um lugar comunitário onde a imagem se torna ferramenta de transformação social, onde o diálogo entre a fruição cultural e os problemas sociais contemporâneos revela novas formas de ver e de agir. Através da narrativa visual e do encontro entre mediadores, artistas e comunidade, procuramos afirmar a arte como instrumento de mudança e de construção de um futuro mais inclusivo.

Saímos de um quarto e entramos noutro. Aqui, tudo se faz em conjunto: a criação é partilhada, o gesto é comum, a escuta é atenta. Convidamos a pensar e a agir sobre o ambiente, a cidadania e a educação. A criatividade torna-se acto de cidadania — fortalece a auto-estima e a participação.

Um pouco mais à frente, damos lugar à fala como território de memória e de presença. A voz que fala resiste ao silêncio e devolve sentido às palavras. Propomos um diálogo entre gerações, um encontro que valoriza a experiência e reafirma o direito de todos a serem ouvidos. Um lugar de memória, mas também de invenção — onde se guardam histórias reais e se inventam outras, divertidas ou trágicas, como se fossem verdadeiras.

Noutro quarto, o som. O corpo e o objecto transformam-se em instrumento; experimentamos o gesto, o ritmo, a escuta. O som torna-se força de encontro e de criação colectiva. E, às vezes, é apenas barulho.

Abrimos outras portas. Há uma que se enche de perguntas: um lugar de reflexão e de confronto com o que nos rodeia, onde questionamos o que parece certo e damos voz ao que falta dizer. Mais à frente, o sonho. A arte abre passagem ao imaginário e à poesia. Criar é um gesto de liberdade que desafia o real e faz entrar a luz

Continuamos e encontramos o terreno fértil da invenção. A memória e o tempo cruzam-se, reinventam-se. Nada é fixo, tudo se reescreve. A invenção é uma forma de recordar o que nunca aconteceu — uma maneira de dizer que o passado também se imagina.

Chegamos à cor e ao gesto. Um espaço de expressão, liberdade e descoberta. As mãos trabalham, o corpo participa, a imaginação conduz. Jogo, corpo, pensamento, movimento.

A nossa Casa tem quartos infinitos, os que nascem da imaginação, da experiência, da necessidade ou do desafio.

 
Casa das Artes

Casa das Artes

Conceito original
Filipe Faria

Coordenação
Rita Santos
Filipe Faria

Um projecto
O Homem - Colectivo
\Associação para a Ecologia Humana

Em parceria com
Projecto Alkantara
\Associação de Luta Contra a Exclusão Social

Financiamento
Câmara Municipal de Lisboa
Programa BIP/ZIP